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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Selic: CNDL diz que governo brasileiro não quer fazer o dever de casa

Para empresários, corte do gasto público adiaria o aumento da taxa básica de juros

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) acreditam que apesar de o aumento na taxa básica de juros ter sido pequeno (0,25 pp), a decisão tomada nesta quarta-feira (17/4) pelo Banco Central poderia ter sido postergada para o próximo mês, caso o governo adotasse medidas de austeridade para reduzir os gastos públicos.

Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, neste momento o governo brasileiro deveria fazer um sacrifício político e enxugar as despesas públicas para controlar a inflação. “Aumentar os juros é um remédio que deve ser usado somente em último caso, porque tem efeitos colaterais amargos: reduz o consumo, diminui os investimentos e piora a situação das famílias endividadas. É um sinal de que o governo não quer fazer seu dever de casa”, disse Pellizzaro Junior.

O líder do movimento varejista disse ainda que os preços dos alimentos iniciaram um movimento de queda nas primeiras semanas de abril, o que mostra que a inflação já recuava sem a necessidade de mexer nos juros. “Os números mostram que o custo de vida das famílias diminuiu no começo de abril. Além disso, o atentado em Boston, associado aos números chineses, fez o preço das commodities passar por um resfriamento. Acredito que inflação recuaria automaticamente e a decisão de aumentar a Selic poderia ter sido postergada”, avalia Pellizzaro Junior.


Fonte: Assessoria de Imprensa da CNDL

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