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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

VAREJO BRASILEIRO TEM 72 EMPRESAS QUE FATURAM MAIS DE R$ 1 BILHÃO


GrupoFaturamento em 2012
(em bilhões)
Grupo Pão de AçúcarR$ 57,2
Grupo CarrefourR$ 31,4
Grupo Walmart BrasilR$ 25,9
Lojas AmericanasR$ 13,0
CencosudR$ 9,7
Magazine LuizaR$ 9,0
Máquina de VendasR$ 9,0
MakroR$ 6,3
O BoticárioR$ 5,7
Raia DrogasilR$ 5,5
 “Clube do Bilhão”. É esse o apelido carinhoso dado aos negócios que apresentam faturamento de mais de R$ 1 bilhão ao ano e estão listados no Ranking das 120 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro. Na edição deste ano, que leva em conta os resultados obtidos em 2012, 72 empresas fazem parte desse clube, 14 a mais em relação ao ano anterior. O resultado foi divulgado em evento nesta terça-feira (26/11).
Segundo Eduardo Terra, vice presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), que elaborou o ranking em parceria com a Consultoria PwC, a tendência é que esse número continue aumentando nos próximos anos e chegue a cerca de 90 em 2014. Em rankings da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo, todas as grandes varejistas têm faturamentos bilionários e o Brasil está caminhando para esse status, de acordo com Terra. Na avaliação dele, parte das empresas alcançará essa marca através do crescimento orgânico, enquanto outras chegarão lá por fusões ou aquisições.
Segundo Jorge Inafuco, gerente sênior da PwC Brasil, há espaço no mercado para fusões e aquisições e as empresas varejistas de bens de consumo devem representar 10% desse tipo de negócio até o final deste ano. O modelo que deve prevalecer é o de fusão, como aconteceu com a Máquina de Vendas, que uniu redes como Insinuante e Ricardo Eletro. “As empresas se unem para ganhar escala e governança e juntar o que cada uma tem de melhor”, diz Inafuco.
Outra mudança que pode aparecer já no ranking do próximo ano é a entrada de varejistas especializados em e-commerce, como Dafiti e Netshoes. Pelo menos é o que preveem os responsáveis pela lista.
O levantamento aponta que há espaço para as empresas crescerem em número de lojas e aumentar sua presença no Brasil. Entre as 120 maiores, apenas sete operam mais de mil lojas e nove estão presentes em todos os estados do país. A diferença de tamanho também reforça o entendimento de que pode haver mais fusões e aquisições. Da primeira colocada (Grupo Pão de Açúcar) para a décima (Droga Raia), o faturamento é dez vezes menor, o que abre a possibilidade para formação de outros grupos grandes.
Na análise por setores, destacou-se este ano o segmento Moda e Esportes, cujo faturamento cresceu 20,8% de 2011 para 2012. A expansão total das 120 maiores foi de 14,8% no mesmo período e juntas elas faturaram R$ 326 bilhões, o que representa 28% de todo o consumo de bens no Brasil.
Previsões


Cláudio Felisoni, presidente do IBEVAR, espera um crescimento de 4% no varejo em 2013. Para ele, o número é expressivo levando em consideração as condições do país neste ano. Para o ano que vem, ele espera alta de 3%. A Copa e as eleições devem aquecer o mecado, mas o déficit fiscal brasileiro impedirá o governo de exercer estímulos como tem feito nos últimos anos.

Um dos principais problemas da economia brasileira, segundo Felisoni, é a falta de confiança. Ele citou o exemplo dos exames antidoping da Copa do Mundo. “Pela primeira vez todos os exames serão feitos na Suíça. Nem na África do Sul foi assim. Então o potencial de consumo no Brasil é grande, as fusões acontecem, mas há problemas de confiança”, afirmou.
Fonte: Época Negócios / Foto: Sebrae PR

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