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Dados revelados pelo Sebrae a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que de cada 100 brasileiros que começam um negócio próprio no Brasil, 71 são motivados por uma oportunidade de negócios e não pela necessidade. Esse é o melhor índice já registrado desde o início do levantamento, há 12 anos. Em 2002, apenas 42% das pessoas abriam uma empresa por identificar demanda no mercado, enquanto os demais tinham o empreendedorismo como única opção, por não encontrar alternativas no mercado de trabalho.
Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, os resultados indicam a vitalidade do empreendedorismo no país mesmo em um período de pleno emprego. “A perspectiva é de que os pequenos negócios continuem em uma trajetória de crescimento, já que o mercado interno brasileiro ainda oferece muitas oportunidades de negócios, seja para a classe média, em expansão, seja para segmentos específicos de mercado”, avalia. Os microempreendedores individuais (MEI), microempresas e pequenas empresas – aqueles que faturam até R$ 3,6 milhões por ano – representam 99% das empresas brasileiras e mais de 8,3 milhões de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Ter seu próprio negócio é um dos três principais sonhos do brasileiro, atrás apenas de comprar a casa própria e viajar pelo Brasil. Fazer carreira em uma empresa vem em oitavo lugar entre os desejos dos entrevistados. “Sonhar é tão fundamental quanto se planejar. A maioria dos entrevistados afirma não ter medo de fracassar, o que é positivo, mas, para ter sucesso, o empreendedor também precisa investir na sua capacitação e buscar um diferencial para seus produtos e serviços”, pondera o presidente do Sebrae.
Na percepção do brasileiro, 84% consideram que abrir sua própria empresa é uma opção desejável de carreira. Para Sandro Vieira, diretor presidente o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), também chama a atenção o fato do brasileiro estar mais atento às oportunidades do ambiente. “O percentual da população que afirma perceber oportunidades de negócio para os próximos seis meses nas proximidades onde vive subiu de 41,2%, em 2002, para 50 %, em 2013, com média de 45,1% no período."
Além de um grande mercado consumidor e dos avanços na legislação – em especial a redução de impostos do regime Supersimples –, um dos fatores que mais fortalece o empreendedorismo no país é o aumento da escolaridade: quase metade dos novos empreendedores tem pelo menos o segundo grau completo. Entre os novos empresários que estão cursando ou já completaram o Ensino Superior, 92% iniciaram o negócio por oportunidade.
“O perfil do empreendedor brasileiro é hoje mais escolarizado e também mais jovem”, destaca o presidente do Sebrae. De acordo com a pesquisa, 50% dos donos de negócios com até três anos e meio de atividade têm entre 18 e 34 anos, enquanto nas empresas que estão há mais tempo no mercado apenas 25% são dessa faixa etária.
A GEM
A pesquisa GEM, uma iniciativa da London Business School e Babson College, é feita em 68 países, cobrindo 75% da população global e 89% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, ela é patrocinada pelo Sebrae e realizada pelo IBQP, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foram entrevistadas 10 mil pessoas de 18 a 64 anos, de todas as regiões, e 85 especialistas em empreendedorismo. Entre os ouvidos pela GEM estão desde pessoas que estão se preparando para iniciar um empreendimento até os que já estão estabelecidos no mercado.
Fonte: Da Agência Sebrae de Notícias / Pequenas Empresas Grandes Negócios
Fonte: Da Agência Sebrae de Notícias / Pequenas Empresas Grandes Negócios
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