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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Empreendedoras abririam mão de companheiro por carreira, diz estudo do SPC Brasil

Boa parte das mulheres empreendedoras abririam mão de seu relacionamento afetivo caso ele se transformasse em uma barreira ao sucesso profissional, segundo pesquisa feita pelo Serviço de proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do país.
De acordo com o estudo, aproximadamente 36% das empresárias casadas admitiram que deixariam o relacionamento conjugal caso o marido ou companheiro dissesse: “Ou eu ou o trabalho”. Quarenta por cento das entrevistadas disseram que precisariam pensar mais a respeito antes de tomar uma decisão - "não descartando a possibilidade de romper com o relacionamento" – e somente 25% das mulheres afirmaram que, com certeza, abririam mão do trabalho.
“Ainda que haja uma defasagem histórica na remuneração das mulheres na comparação com homens, é perceptível uma maior inserção delas nas atividades fora do lar”, afirma economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, por meio de nota.
Segundo o SPC, quase a metade das entrevistadas (44%) não possui cônjuge, o que reforça o perfil de autonomia na vida pessoal e profissional entre as empreendedoras solteiras.
Quanto à participação no orçamento doméstico entre as casadas ou que vivem em união estável, 70% responderam que pagam todas as contas ou parte delas. Dessas, 14% se responsabilizam sozinhas pelo pagamento das despesas e 56% dividem os custos com o marido.
“Esse alto percentual é um exemplo prático da participação marcante da mulher nas finanças da família, reforçando o perfil de autonomia e maior independência econômica por parte delas”, destaca a economista Luiza Rodrigues.
A pesquisa foi feita como parte das comemorações ao Dia Internacional da Mulher. Foram entrevistadas 601 mulheres donas de algum empreendimento do ramo de serviços ou comércio nas 27 capitais brasileiras.
Muitas jornadas
O levantamento indica que, em 47% dos casos, as mulheres empreendedoras são as únicas responsáveis pelas tarefas do lar, como cuidar dos filhos, lavar, passar e cozinhar. O percentual é maior entre as empreendedoras cujo negócio é informal (58%).

Do total de empreendedoras, 55% disseram que não foi necessário abrir mão de nada para se tornarem empresárias e que, portanto, conseguem equilibrar o tempo entre a vida familiar e a profissional. "33% confessaram ter renunciado aos próprios momentos de lazer e 21% tiveram de abrir mão do tempo que dedicavam à família", diz a pesquisa.
Ao serem questionadas se abandonariam o negócio próprio em troca de um emprego fixo, com carteira assinada, trabalhando oito horas por dia e ganhando o mesmo que conseguem hoje, apenas 14% responderam que aceitariam a proposta contra 72% das que preferem continuar com o atual negócio.
Fonte: G 1

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