Para participar do programa, varejista tem de ser
correntista da Caixa e utilizar a operadora Redecard
Raíssa
Ebrahim, especial para o Estado
SÃO PAULO - O comércio varejista
aprovou com ressalvas o anúncio do Minha Casa Melhor, feito nesta quarta-feira,
12, pelo governo federal. O programa prevê uma linha de financiamento especial
de móveis, eletrodomésticos e computadores exclusiva para beneficiários do
Minha Casa, Minha Vida. Para a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
(CNDL), que agrega mais de 800 mil pontos de vendas espalhados pelo País, a
exclusividade com uma operadora e um banco restringe a capilaridade da
iniciativa. A expectativa é de que 3,7 milhões de famílias sejam beneficiadas,
em um total de R$ 18,7 bilhões.
Avaliação do presidente da CNDL,
Roque Pellizzaro Junior, muitos comerciantes não terão como concluir as vendas
porque não possuem credenciamento via Redecard, única operadora autorizada a
realizar as transações pelo Minha Casa Melhor. "A medida praticamente obriga
todos os empresários do segmento a operarem por uma única credenciadora. Outras
operadoras deveriam ter sido credenciadas, com o intuito de aumentar ainda mais
a abrangência do programa", explica.
O programa também obriga a
relação de exclusividade com a Caixa Econômica Federal (CEF). "Para
participar do programa, o empresário tem de ser necessariamente correntista da
Caixa, que atualmente possui 2.229 agências, sendo que o Brasil possui 5.564
municípios. Quer dizer, outros bancos também poderiam operar a linha de crédito
para aumentar ainda mais a efetividade deste benefício", afirma Pellizzaro
Junior.
Até as 15 horas desta
quarta-feira, a Caixa contabilizou 1.855 cartões do programa. O valor total dos
contratos já firmados chega a R$ 9,207 milhões. Os cartões têm um limite de R$
5 mil para serem gastos pelas famílias em até 12 meses.
Fonte: Agência Estado (adaptado)
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