É o menor aumento em, pelo menos, quase um ano e meio, diz
CNDL.
No acumulado do ano, inadimplência avançou 7,37%, informam
lojistas.
Trata-se do menor crescimento
mensal desde o início da série histórica disponibilizada pela CNDL e pelo SPC
Brasil, em janeiro de 2012. "Se por um lado a alta dos preços diminuiu o
crescimento das vendas em maio, por outro o aumento do custo de vida forçou o
brasileiro a consumir conscientemente e a adequar melhor seu orçamento frente
ao novo cenário econômico", avaliaram as entidades.
No acumulado de janeiro a maio de
2013, contra igual período do ano passado, a alta da taxa de inadimplência foi
de 7,37%. "O crescimento desta base é resultado do aumento dos custos das
famílias, impactado basicamente pela inflação, que tem mostrado resistência em
voltar ao patamar estabelecido pelo governo [meta central de inflação de 4,5%
ao ano medida pelo IPCA]", informaram a CNDL e o SPC Brasil.
Consultas e cancelamentos de
registros
A CNDL e o SPC Brasil disseram
ainda que o número de consultas para compras a prazo e para pagamentos com
cheques (indicador relacionado com o volume de vendas) subiu 2,24% em maio, na
comparação com o mesmo período do ano anterior. Este também é o menor
crescimento desde o início da série histórica, em janeiro do ano passado.
"A inflação corrói o poder
de compra do brasileiro, que já começa a diminuir os gastos, principalmente com
supermercados e com compras parceladas de maior valor agregado", avaliou a
economista do SPC Brasil, Ana Paula Bastos. No acumulado do ano, as consultas
para compras avançaram 7,25%.
No caso do cancelamento de
registros de inadimplência, a CNDL e o SPC Brasil informaram que houve um
crescimento de 3,16% em maio de 2013, na comparação com o mesmo mês do ano
passado, ao mesmo tempo em que cresceu 6,49% na parcial deste ano. A alta nos
cancelamentos de registro da inadimplência, segundo a CNDL e o SPC Brasil, está
relacionada com a queda do desemprego e com o aumento da renda do brasileiro.
Cuidados para evitar a
inadimplência
A CNDL e o SPC Brasil divulgaram
uma série de recomendações para que os consumidores não fiquem inadimplentes em
suas compras. Segundo as entidades, as pessoas devem privilegiar pagamentos à
vista; devem fazer planejamento financeiro com uma planilha mensal de gastos,
além de preferir um número menor de prestações nas compras a prazo.
Os clientes também devem somar os
juros e calcular o preço final dos produtos comprados a prazo (para ter uma
ideia do valor pago em juros); não devem se ater ao valor da prestação e sim ao
preço final da mercadoria, e manter uma “reserva financeira” por segurança.
Outra recomendação é que os consumidores não comprometam toda sua renda com
compras.
Metodologia
A CNDL lembra que sua base de
dados incorpora os grandes e pequenos varejistas, mas não inclui as operações
com cartões de crédito, e considera as operações com atraso superior a 30 dias.
As transações com cartões de crédito absorvem cerca de 20% do volume total de
operações, segundo estimativas da entidade. Os dados da CNDL envolvem, porém, a
consulta em mais de 150 milhões de cadastros de pessoa física (CPF) de
consumidores em 800 mil pontos de vendas credenciados.
Fonte: G1 (adaptado)
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