A inadimplência do consumidor brasileiro no comércio varejista apresentou crescimento de +5,84% no mês de abril de 2013, na base de comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do indicador mensal medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A pesquisa leva em consideração mais de 150 milhões de consumidores cadastrados, em 800 mil pontos de vendas espalhados por todo Brasil.
Os números de abril mostram um ritmo mais brando de expansão da inadimplência após o pico registrado no mês de março, quando a taxa havia ficado em +10,58%. É o menor crescimento apresentado nos últimos sete meses.
No acumulado do ano — de janeiro a abril de 2013, frente ao mesmo período de 2012 —, a inadimplência soma um aumento de +8,72%. Já na comparação com o mês imediatamente anterior, o número de CPFs negativados na base de registros do SPC apresentou um ligeiro avanço de +0,12%.
Na avaliação da economista do SPC Brasil, Ana Paula Bastos, o crescimento mais ameno dos calotes em abril confirma as expectativas da entidade por conta, principalmente, do efeito calendário. Após o primeiro trimestre do ano, que concentra um grande volume de gastos com impostos e parcelas remanescentes das compras de final de ano, o consumidor tende a retomar o controle das finanças pessoais.
“O período mais crítico da inadimplência é o mês de março, quando o bolso do consumidor fica mais pesado para quitar tanto as prestações das compras a prazo contraídas no Natal como as contas tradicionais de início de ano como IPTU, IPVA e rematrículas escolares”, esclarece a economista.
Vendas
O número de consultas realizadas no banco de dados do SPC Brasil, que dá medida à atividade do comércio nas compras a prazo, apresentou uma elevação de +7,34% na base comparativa de abril com igual mês do ano passado. Para os economistas do SPC Brasil e da CNDL, o levantamento demonstra que o mercado de crédito continua apresentando expansão considerável neste início de ano, motivado, sobretudo, pelos índices recordes de empregabilidade e de oferta de crédito, com prestações alongadas e juros mais baixos.
O desempenho das vendas na comparação com março também foi positivo e apresentou uma elevação de +1,10%. No mês de abril, o movimento nas lojas foi beneficiado pela maior quantidade de dias úteis e pela ausência do feriado prolongado da Páscoa, que em 2013 acabou caindo em março. Além disso, a proximidade do Dia das Mães, considerada a segunda data comemorativa mais importante para o varejo nacional em faturamento e em volume de vendas — perde apenas para o Natal —, contribuiu para o aumento das vendas em abril e motivou parte dos consumidores a se adiantar nas compras. No acumulado do ano, o crescimento chega a +8,50%.
Inflação e poder de compra
Para o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, o cenário de inflação escapando do centro da meta, segundo o IPCA calculado pelo IBGE, ainda não impacta de imediato no poder de compra no varejo, mas merece observação cautelosa nos próximos meses.
“A inflação oscilando para fora do centro da meta não preocupa o poder de compra em curto prazo, mas deve ser observada com atenção. A política monetária brasileira deve ser especialmente vigilante para minimizar riscos de níveis elevados de inflação, mas ao mesmo tempo, não podemos retroceder na conquista histórica do recente ciclo de redução do juro básico”, alerta Pellizzaro Junior.
Recuperação de crédito
O número de cancelamento de registros, que reflete a recuperação de crédito no varejo e a quitação de dívidas em atraso, foi positivo em abril de 2013 e apresentou alta de +6,92% sobre o mesmo mês de 2012. Em relação a março de 2013, a recuperação de crédito cresceu +3,92%. No acumulado do ano, o número de consumidores que saldaram dívidas atrasadas apresentou elevação de +7,33%, segundo indicador do SPC Brasil.
Para Pellizzaro Junior, a proximidade do Dia das Mães foi também fator preponderante para o resultado satisfatório no volume de pessoas que regularizaram dívidas. “Com a proximidade de datas festivas, é natural que o consumidor busque meios de colocar as contas em dia para voltar a ter crédito”, afirma Pellizzaro Junior.
De acordo com o líder varejista, o crescimento salarial acima da inflação é um dos fatores principais para explicar a escolha do consumidor endividado em dar propriedade a quitar ou renegociar dívidas. “A estabilidade no mercado de trabalho e o aumento da renda média trazem um ambiente de confiança para que os consumidores brasileiros consigam quitar as dívidas e voltar a ter crédito na praça”, conclui.
Os números de abril mostram um ritmo mais brando de expansão da inadimplência após o pico registrado no mês de março, quando a taxa havia ficado em +10,58%. É o menor crescimento apresentado nos últimos sete meses.
No acumulado do ano — de janeiro a abril de 2013, frente ao mesmo período de 2012 —, a inadimplência soma um aumento de +8,72%. Já na comparação com o mês imediatamente anterior, o número de CPFs negativados na base de registros do SPC apresentou um ligeiro avanço de +0,12%.
Na avaliação da economista do SPC Brasil, Ana Paula Bastos, o crescimento mais ameno dos calotes em abril confirma as expectativas da entidade por conta, principalmente, do efeito calendário. Após o primeiro trimestre do ano, que concentra um grande volume de gastos com impostos e parcelas remanescentes das compras de final de ano, o consumidor tende a retomar o controle das finanças pessoais.
“O período mais crítico da inadimplência é o mês de março, quando o bolso do consumidor fica mais pesado para quitar tanto as prestações das compras a prazo contraídas no Natal como as contas tradicionais de início de ano como IPTU, IPVA e rematrículas escolares”, esclarece a economista.
Vendas
O número de consultas realizadas no banco de dados do SPC Brasil, que dá medida à atividade do comércio nas compras a prazo, apresentou uma elevação de +7,34% na base comparativa de abril com igual mês do ano passado. Para os economistas do SPC Brasil e da CNDL, o levantamento demonstra que o mercado de crédito continua apresentando expansão considerável neste início de ano, motivado, sobretudo, pelos índices recordes de empregabilidade e de oferta de crédito, com prestações alongadas e juros mais baixos.
O desempenho das vendas na comparação com março também foi positivo e apresentou uma elevação de +1,10%. No mês de abril, o movimento nas lojas foi beneficiado pela maior quantidade de dias úteis e pela ausência do feriado prolongado da Páscoa, que em 2013 acabou caindo em março. Além disso, a proximidade do Dia das Mães, considerada a segunda data comemorativa mais importante para o varejo nacional em faturamento e em volume de vendas — perde apenas para o Natal —, contribuiu para o aumento das vendas em abril e motivou parte dos consumidores a se adiantar nas compras. No acumulado do ano, o crescimento chega a +8,50%.
Inflação e poder de compra
Para o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, o cenário de inflação escapando do centro da meta, segundo o IPCA calculado pelo IBGE, ainda não impacta de imediato no poder de compra no varejo, mas merece observação cautelosa nos próximos meses.
“A inflação oscilando para fora do centro da meta não preocupa o poder de compra em curto prazo, mas deve ser observada com atenção. A política monetária brasileira deve ser especialmente vigilante para minimizar riscos de níveis elevados de inflação, mas ao mesmo tempo, não podemos retroceder na conquista histórica do recente ciclo de redução do juro básico”, alerta Pellizzaro Junior.
Recuperação de crédito
O número de cancelamento de registros, que reflete a recuperação de crédito no varejo e a quitação de dívidas em atraso, foi positivo em abril de 2013 e apresentou alta de +6,92% sobre o mesmo mês de 2012. Em relação a março de 2013, a recuperação de crédito cresceu +3,92%. No acumulado do ano, o número de consumidores que saldaram dívidas atrasadas apresentou elevação de +7,33%, segundo indicador do SPC Brasil.
Para Pellizzaro Junior, a proximidade do Dia das Mães foi também fator preponderante para o resultado satisfatório no volume de pessoas que regularizaram dívidas. “Com a proximidade de datas festivas, é natural que o consumidor busque meios de colocar as contas em dia para voltar a ter crédito”, afirma Pellizzaro Junior.
De acordo com o líder varejista, o crescimento salarial acima da inflação é um dos fatores principais para explicar a escolha do consumidor endividado em dar propriedade a quitar ou renegociar dívidas. “A estabilidade no mercado de trabalho e o aumento da renda média trazem um ambiente de confiança para que os consumidores brasileiros consigam quitar as dívidas e voltar a ter crédito na praça”, conclui.
Fonte: Ascom CNDL
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