Pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito aponta que quase a metade das pessoas inadimplentes admite que a dívida poderia ter sido evitada.
Quase a metade das pessoas que estão inadimplentes admite que a dívida poderia ter sido evitada. É o que apontou uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito.
E o cartão de crédito ainda é o maior vilão para o controle dos gastos. É o terror dos inadimplentes. Os juros são tão altos que a dívida vira uma bola de neve, e, em pouco tempo, o nome do devedor vai parar nos Serviços de Proteção ao Crédito.
Mas, a pesquisa também traz uma boa notícia: os brasileiros estão aprendendo a negociar suas dívidas.
De aliado, o cartão de crédito de Fábio viu um grande vilão. Ele deixou de pagar uma fatura. Em pouco tempo, devia duas vezes o limite que tinha no cartão.
“A fatura não chegou em casa e eu também não procurei saber verificar o que tava acontecendo. E veio uma intimação para mim dizendo que o meu nome estava sujo quando fui abrir uma conta em outro banco”, conta Fábio Santos, atendente de banco.
Dívidas com o cartão de crédito, como a do Fábio, são as que mais levam os brasileiros a ficarem com nome sujo na praça. Depois, vêm os financiamentos bancários.
É o que aponta uma pesquisa sobre o perfil do devedor no país feita pelo serviço de proteção ao crédito. Estar empregado, pagar aluguel, ter o ensino médio e pertencer à classe C são algumas das características do consumidor inadimplente. 47 % dos devedores estão concentrados na nova classe média brasileira.
“A dica para essas pessoas é realmente usar todos os recursos disponíveis para planejar melhor o seu orçamento domestico e lidar melhor com o crédito”, alerta Fernando Consenza, diretor da Boa Vista Serviços.
O acesso ao crédito sem muita burocracia é um fato recente para muitos brasileiros. E aí está o problema. Quase metade dos inadimplentes disse que a dívida poderia ter sido evitada.
A maioria afirmou que deveria ter controlado os impulsos e resistido mais na hora da compra, 32% admitiram que estão endividados porque gastaram mais do que recebem.
Mas para o responsável pela pesquisa, o brasileiro já está aprendendo a negociar. Oito em cada dez entrevistados disseram que conseguiram um acordo satisfatório para quitar suas dívidas.
Flávio Borges - Gerente Financeiro do SPC Brasil |
“Ela tem que ir lá conversar porque da mesma forma que ela tem interesse de pagar, o credor tem interesse de receber, então o credor tem que reduzir. Às vezes as taxas de juros são muito altas, então ele pode reduzir pra tentar receber”, diz Flávio Borges, gerente financeiro SPC Brasil.
Foi o caso de Lucilene. Ela devia para o banco, para os cartões de crédito. Fez um acordo com todos. “Tive que esperar eles baixarem as taxas, aí eu fui pagando tudo e limpei meu nome. Graças a Deus hoje não devo nada para ninguém”, diz Lucilene Santana, comerciante.
Os juros do cartão são de, em média, 10% ao mês. Mas, em alguns casos, chegam a 15% ao mês. Por isso, a dica é evitar o parcelamento do valor da fatura, e reduzir o limite do cartão quando ele for maior do que seu salário.
Fonte: G1
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