O Instituto Fecomércio realizou pesquisa sobre a competitividade do Polo de Confecções do Estado, onde se destacam as cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama.
Os chamados polos de confecções são centros integrados, onde varejistas e produtores interagem e por muitas vezes se confundem, beneficiando-se da crescente importância da indústria da moda.
Com o dinamismo das atividades terciárias ocorridos nos últimos anos, tem sido verificadas mudanças consideráveis na estrutura produtiva do varejo. Um dos segmentos produtivos mais dinâmicos é o da indústria de confecções.
Um dos aspectos considerados relevantes para determinar a competitividade de uma empresa fabricante de confecções diz respeito ao processo de criação do material produzido.
Nesse sentido, nota-se que nos principais Centros de Compras do Polo de Confecções do Agreste quase 2/3 dos empreendedores (65,4%) desenvolve modelos próprios.
No Moda Center, um dos maiores centros fabricantes de confecções do país essa proporção é mais elevada (72,2%), enquanto no centro produtor de jeans do Parque das Feiras essa parcela corresponde a 60,4% e no Polo Caruaru equivale a pouco mais da metade dos empreendedores (57,3%).
É significativa a proporção de entrevistados nos três Centros de Compras analisados que terceiriza a criação dos produtos (29,4%), parcela que é mais elevada no Polo Caruaru (36,6%), ao passo que no Parque das Feiras equivale a 28,8% e no Moda Center a proporção é pouco maior do que ¼ dos empreendedores (26,8% das respostas).
A identidade dos produtos locais também pode ser espelhada na utilização de marcas para os itens fabricados. Nos Centros de Compras pesquisados no Polo de Confecções do Agreste, a marca própria é uma característica essencial para os produtos elaborados pelos empreendedores desses Centros de Compras, apontada por 91,9% dos entrevistados, parcela que no Parque das Feiras corresponde a 95,0%, no Polo Caruaru equivale a 91,5% e no Moda Center a 89,9%.
Apesar de as indicações dos entrevistados mostrarem que é apreciável a proporção de unidades nos Centros de Compras que possuem trabalhadores capacitados, se observa que aproximadamente três em cada dez pessoas ocupadas nesses empreendimentos carecem de capacitação. Se, de um lado, esse é um fator que pode inibir ganhos frente à concorrência, por outro lado deve se constituir em importante vetor de investimento para que sejam alcançados níveis ainda mais elevados de competitividade.
As ações de comercialização, meios de ampliar as vendas e manter uma relação de confiança com os clientes, foi outro elemento abordado pela pesquisa realizada junto aos empreendedores dos Centros de Confecções selecionados no Polo de Confecções do Agreste. Sobre este aspecto, verificou-se que 55,5% a ação mais relevante é a garantia sobre os produtos comercializados, parcela que no Moda Center chega a 69,3%, no Polo Caruaru é de 49,6% e no Parque das Feiras equivale a 43,8%.
foto: Rodada de Negócios da Moda Pernambucana |
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